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Mudança de hora - todos os anos a mesma chatice (2 vezes) - porquê?

Atualizado: 3 de jan. de 2023

A mudança de hora é uma coisa que sempre me incomodou. Em miúda, quando os telemóveis ainda não acertavam a hora sozinhos, reclamava sobre não me lembrar se já tinha mudado a hora ou não. Mais tarde, isso deixou de ser um problema real, mas há problemas que se mantém. Por exemplo, há uns meses, fui para uma entrevista de emprego 1 hora antes porque ao converter o horário para o português me esqueci que estávamos em GMT+1 e não em GMT, como na outra metade do ano! Tirando estes momentos embaraçosos, a alteração da hora é apontada como causadora de perturbações do sono, desregulação do corpo humano e aumento de ataques cardíacos. Além das questões relacionadas com a saúde, é sabido que esta alteração também tem efeitos adversos a nível da economia, da segurança e até do meio ambiente, pois hoje em dia, a mudança de hora não tem repercussões reais em termos de gastos energéticos. Mas então, se a tradição é o principal motivo para se continuarem a mudar os relógios, quando é que tudo começou e porquê?

Durante o século XVIII (1700s), Benjamin Franklin sugeriu a criação de um horário de Verão, por forma a poupar energia, mas a sua sugestão não teve adesão. Em 1908, William Willet reformulou o estudo de Benjamin Franklin e sugeriu que os relógio fossem adiantados 80minutos no Verão. Mais uma vez, a sugestão dos cientistas foi ignorada, mas isso mudou durante a Primeira Grande Guerra. Segundo parece, os ciclos de horário de Verão e horário de Inverno surgiram durante a Primeira Guerra Mundial, em 1916, com a necessidade de utilizar ao máximo o tempo de luz solar e reduzir os gastos com carvão, e outros recursos. Posteriormente, em 1973, a Arábia parou a exportação de petróleo e tanto os EUA quanto a Europa voltaram a insistir na importância de manter ou reinstaurar os horários de Verão como forma de reduzir o consumo energético.


Este hábito foi-se mantendo e hoje em dia, o horário ainda altera em grande parte dos Estados Unidos da América e da Europa, mas na Ásia, no Continente Africano e no sul do continente Americano a hora tende a não sofrer alterações.


Em breve, prevê-se que esta realidade seja alterada e que os relógios europeus passem a estar sempre na mesma hora, mas por enquanto aguarda-se uma tomada de decisão por parte do Conselho da União Europeia. Ainda assim, independentemente da decisão do Conselho Europeu, Portugal, através do atual governo, já se mostrou contra esta mudança, pelo que, mesmo que o parecer da União Europeia sugira que se pare com as alterações de hora, tal pode ainda não acontecer em Portugal.

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