A minha aula de equitação número 6
- Tânia Filipa
- 8 de ago. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de nov. de 2022
Esta foi a pior aula da minha vida. Tive uma professora nova e, felizmente, já tive aulas suficientes para saber que hoje foi uma exceção. Honestamente, se tivesse tido aulas com esta professora antes, provavelmente tinha desistido ou então estava a odiar toda a experiência, o que não podia estar mais longe da verdade.
Esta professora, era uma mulher com excesso de peso tal como eu, mas escolheu começar a aula a insultar-me e a primeira coisa que me disse foi que eu devia ter feito musculação e treino de elasticidade antes de decidir aprender equitação porque equitação era um desporto muito completo e muito exigente. Há muito tempo que não me sentia tão desconfortável como neste momento. Foi embaraçoso apesar de eu não ter feito nada de errado e foi um momento de imensa fúria. Acabei por não comentar aquele incidente com a professora em questão nem com ninguém da escola de equitação.
A aula foi seguindo e foi horrível já que esta professora não me deixou tirar as mãos do apoio durante tempo nenhum nem me deixou libertar as pernas. Ainda pior foi o facto de eu não ter podido fazer nenhum exercício a trote nem a galope; a aula foi toda a passo e numa velocidade muito lenta mesmo. Na verdade, esta aula não foi bem uma aula, foi um desperdício e parecia uma daquelas demonstrações para crianças em que apenas se dão umas voltas ao picadeiro, com a diferença de que em vez de ser num pónei ou num cavalo pequeno, era o Gaspar o meu companheiro!
Por mais impressionante que pareça, o fim da aula foi ainda mais inapropriado do que o resto. A professora disse que íamos dar uma volta a cavalo fora do picadeiro, apesar de ela saber que eu tinha alguém na bancada a ver-me (é muito raro eu ter alguém a ver-me mas quando os outros professores se apercebem de alguém a acompanhar um aluno nas bancadas, tentam usar o lado do picadeiro mais próximo das bancadas para que as visitas possam ver e fotografar a aula). Enfim, fomos então muito lentamente pelas cavalariças desperdiçar tempo de aula, enquanto ela mandava mensagens do messenger do telemóvel e andava tão devagar que o Gaspar acabava por parar de vez em quando. A aula acabou 5 minutos mais cedo sem termos voltado ao picadeiro. Parámos perto de um pequeno armazém, onde eu tive de segurar o Gaspar para que a professora o selasse para a aula que ia existir a seguir - e não, não é uma boa tarefa porque aprendi mais tarde a selar o Gaspar e é um trabalho para uma só pessoa!
Em suma, tirando todos os absurdos, tive entre 10 e 12 minutos de aula, pautados por exercícios ridículos, em vez dos normais 25 minutos, e foram minutos horríveis desde o princípio até ao fim.
Não fiz queixa desta professora, ainda que se calhar o devesse ter feito mas nunca mais aceitei uma aula com ela.

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