Boas práticas para cuidar de plantas
- Tânia Filipa
- 25 de abr. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 10 de mai. de 2022

Qualquer pessoa que tenha plantas conhece a dificuldade de tratar bem das diversas espécies, especialmente enquanto ainda tem pouco conhecimento sobre como cuidar das mais variadas plantas. No meu caso, tenho plantas há já alguns anos mas tenho tido alguns problemas com uma das minhas plantas mais recentes. Como estávamos preocupados com a falta de água e de sol das nossas plantas antes de irmos passar uns dias fora, acabámos por regar demasiado a nossa nova hera - herdera helix. Claro que não nos apercebemos e, quando voltámos, parte da planta tinha morrido, outra parte estava bastante doente e com bichos. Felizmente conseguimos salvá-la e vou falar-vos mais sobre a hera e sobre esta situação numa outra publicação. Mas, esta distração chamou-me à atenção para a importância de ter as nossas flores o mais saudáveis possível. Porque, quanto mais saudáveis estiverem as nossas plantas, mais eficazes são a nível de limpeza do ar e de outros benefícios que nos trazem, mas quanto mais saudáveis forem, mais facilmente as plantas toleram faltas de água ou de luz quando estamos fora e também mais resistem a erros na rega ou até a pragas. Por isso, esta semana trago-vos uma lista de boas práticas que resultam com todo o tipo de plantas e que fazem a diferença, mesmo sendo coisas muito pequeninas e às vezes até óbvias mas que nos passam facilmente ao lado.
1) Primeiro e o mais óbvio é a necessidade de verificar sempre os requisitos de cada planta nova que compramos. Uma vez que muitas vezes compramos plantas que não conhecemos e que não trazem as indicações sobre como regar ou onde colocar, fazer uma pesquisa rápida sobre a planta ajuda muito. Eu, pessoalmente, gosto de tentar descobrir o nome e o local de onde a planta é originária. Isso diz-me muito sobre a temperatura, a luz, o tipo de solo e a quantidade de água de que a planta mais gosta. Costumo também pesquisar sobre o crescimento da planta e quando já tenho a planta há mais tempo pesquiso também sobre a poda e a multiplicação da espécie.
2) Feita a pesquisa inicial, torna-se mais simples colocar cada planta na divisão mais adequada, tendo em conta a temperatura, exposição solar, níveis de humidade, exposição a correntes de ar, etc. Importa também considerar estes fatores na hora de decidir qual é a quantidade de água certa para cada planta. No entanto, nada é melhor do que ir experimentando coisas novas com as nossas plantas novas. Por exemplo, no início, é normal mudarmos uma planta várias vezes até descobrirmos qual o melhor sítio para ela. Nota: enquanto não tivermos muitas certezas sobre as quantidades de água necessárias para uma planta, é importante lembrarmo-nos de que é sempre melhor ter falta de água do que água em excesso.
3) Ao comprar uma planta nova, surge muitas vezes a necessidade de mudar as plantas para novos vazos, especialmente porque elas vêm muitas vezes sem espaço e em vazos que quase não têm substrato, alimentando-se quase exclusivamente de adubos. Assim, a minha terceira dica é mudar sempre uma planta quando acabamos de a comprar.

4) Ainda em relação às mudanças de vaso, importa referir que além de deverem ser mudadas quando são compradas, as plantas devem também ser mudadas periodicamente. Mudar as plantas para vasos com mais espaço é importante para que elas não acabem por morrer ou estagnar o seu crescimento. Contudo, não se devem mudar plantas que estejam em flor, pois provavelmente morrerão. A época mais propícia a mudanças é, por isso, o fim do Inverno ou o início da Primavera, dependendo de espécie para espécie. Ao mudar uma planta, é importante que esta tenha espaço suficiente para se desenvolver durante o próximo ano no vaso novo mas também não se devem ter plantas em vasos demasiado grandes para o seu tamanho, pois isto pode fazer com que as plantas desenvolvam mais as suas raízes do que as suas folhas e flores ou frutos.
5) A dica número 5 é uma dica que se aplica apenas às flores de interior! As flores de interior devem ser levadas à rua periodicamente para recarregarem as energias e ganharem força graças à sua exposição ao sol direto e ao ambiente exterior. Se estivermos a falar de plantas de interior sensíveis, devemos ter isso em conta na altura de levar as plantas à rua e adaptar a exposição aos seus gostos, nomeadamente o tempo que devem ficar na rua e a sua exposição à chuva e a correntes de ar. Ainda assim, eu aconselho a que se levem as plantas à rua pelo menos uma ou duas vezes por mês.
6) O conselho mais importante que tenho é também o mais difícil de seguir: é importante não sermos demasiado rígidos com as plantas nem connosco próprios. Por um lado, não vale a pena sermos muito rigorosos com as plantas porque no final de contas, elas vão sempre seguir o seu próprio caminho. Por outro lado, também não é útil sermos demasiado rígidos connosco porque vamos aprendendo sempre com os nossos erros e mesmo que façamos tudo bem, há sempre plantas que vão morrer, adoecer ou apanhar alguma praga. Portanto, é importante darmos o nosso melhor para com as plantas, mas temos de ter em conta que há espaço para errarmos em tudo o que fazemos e que a morte é parte do ciclo de todos os seres vivos.
Comments